sexta-feira, 7 de janeiro de 2011



Agora que o Sol nasce, deixa a Lua falar o que viu. Conta-lhe que um coração que abraça sorrisos efêmeros anseia os raios que a aquecem. Explica-lhe que os dedos entrelaçados hão de durar até o próximo pôr-do-sol, e que há muitas razões para esperar. Chama o Sol, e diz tudo que não conseguiste falar. Despeja a saudade, as incertezas, mostra-lhe as tuas dores, teu ponto fraco solar. Espera um sorriso e um banho de calma, sonhos de fúria que no final te serenam a alma. Pede ao Sol uns minutos de aconchego, chama o dia para perto de ti e limpa as feridas que tens por dentro com o sal que chorares. Não deixes que o peso das noites se abata sobre ti... Conserva a calmaria do anoitecer e a lucidez do amanhecer. Porque enquanto o Sol te puder amar, a lua nunca deixará de esperar.






Texto modificado, original por Tatiana Albino:
http://segredosaospedacos.blogspot.com 

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